Leilão do Petróleo: Maia diz que setor privado 'fugiu' da disputa e que resultado é frustrante

Por Redação em 06/11/2019 às 14:19:10

Presidente da Câmara afirmou que notícia é negativa e afeta também estados que aguardam repasses da União. Ele descarta impacto na tramitação de reformas. O presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o resultado do megaleilão do pré-sal, que aconteceu nesta quarta-feira (6) no Rio de Janeiro, gerou "frustração". Segundo Maia, o setor privado "fugiu" do certame. O leilão arrecadou R$ 69,96 bilhões. O governo esperava 106,5 bilhões.

A disputa foi marcado pela falta de disputa e pelo protagonismo da Petrobras. Das 4 áreas oferecidas na Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa, duas foram arrematadas e duas não atraíram propostas de interessados.

"É informação negativa sem dúvida nenhuma. A nossa expectativa era que o setor privado tivesse maior interesse. Agora vamos ver com os analistas do setor, o porquê o setor provado fugiu do leilão de hoje", afirmou Maia.

"O governo tinha a expectativa de arrecadar mais de R$ 100 bilhões e foi frustrado. Agora. Vamos ouvir as análises e vamos ver como o governo, recebendo essas análise, como trabalha para que o futuro não tenha o mesmo tipo de problema", acrescentou o presidente da Câmara.

O presidente da Câmara também ressaltou resultado do leilão na arrecadação de estados e municípios.

"São áreas importantes, mas infelizmente tivemos ai essa frustração de 30 milhões. Inclusive deve estar sendo uma frustração grande também para prefeitos e governadores que tinham expectativa de até o dia 28 de dezembro de receber um percentual da ordem de 30% da aparte do governo federal", declarou Maia.

Com dois blocos 'encalhados', o megaleilão da cessão onerosa do pré-sal caiu à metade os recursos que deverão ser recebidos por estados e municípios como parte da operação.

Resultado do megaleilão da cessão onerosa

Infografia G1

Resultado do leilão

Com a arrecadação extra obtida com o leilão, o governo espera não só acelerar a exploração de petróleo no país, mas também usar os recursos para oferecer um alívio nas contas públicas e também aos cofres dos estados e municípios.

Embora 14 empresas tenham sido habilitadas para participar da disputa, o leilão foi marcado pela falta de interesse e desistência das grandes petroleiras estrangeiras.

Os blocos de Búzio e e Itaú foram arrematados com oferta única. Também não houve ágio, já que o bônus é fixo e a Petrobras ofereceu apenas o mínimo exigido do óleo excedente.

A arrecadação de R$ 69,96 bilhões foi garantida pela Petrobras, que levou os dois blocos em que já havia exercido o direito de preferência, garantido por lei.

O bloco de Búzios, o maior de todos, foi arrematado em consórcio formado com as chinesas CNODC Brasil (5%) e CNOOC Petroleum (5%). Já o bloco de Itapu será 100% da Petrobras, que levou a área sozinha, sem sócios.

Os blocos de Sépia e de Atapu não tiveram interessados.

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Fonte: G1

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