Negócio foi anunciado em 2019, mas reguladores europeus investigavam aquisição e impuseram restrições sobre uso de dados pela companhia. Pulseira inteligente da Fitbit, que permite medir passos, batimentos cardíacos, entre outras funções.
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O Google recebeu nesta quinta-feira (17) a aprovação antitruste da União Europeia para sua aquisição de US$ 2,1 bilhões da fabricante de pulseiras e relógios inteligentes Fitbit, anunciada em 2019.
O aval veio após a companhia concordar com restrições sobre como usará os dados relacionados à saúde dos clientes.
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A transação gerou críticas de defensores da privacidade, organizações de consumidores e rivais do Google sobre o poder de mercado da empresa e a utilização de dados de saúde dos usuários para direcionar anúncios.
A Fitbit, que já foi líder no setor de dispositivos vestíveis, perdeu participação de mercado para Apple, Xiaomi, Samsung e Huawei nos últimos anos.
A Comissão Europeia disse que havia feito concessões com o Google, válidas por 10 anos com a possibilidade de prorrogação por mais 10 anos, abordando as preocupações sobre a concorrência.
O Google armazenará os dados do usuário do Fitbit separadamente dos dados do Google usados para publicidade e não usará os dados de dispositivos vestíveis para o Google Ads.
Os usuários podem decidir se desejam armazenar seus dados de saúde em sua conta do Google ou do Fitbit.
A empresa continuará a fornecer uma licença de API de software gratuita para funcionalidades essenciais aos fabricantes de dispositivos Android, permitindo que seus gadgets funcionem com smartphones Android.
A aprovação acontece em um período próximo a investigações e processos sobre o poder de grandes empresas de tecnologia, incluindo o Google, na Europa e nos EUA.
A aquisição da Fitbit não está diretamente relacionada com essas ações, mas os reguladores europeus impuseram restrições que limitam o uso de dados para anúncios na internet.
Na última quarta-feira (17), o Google foi processado pelo Texas e mais 9 estados, acusado de monopólio do mercado de publicidade digital.
Em outubro, o Departamento de Justiça dos EUA também processou a companhia por abuso de poder e concorrência desleal relacionadas ao seu sistema de buscas.
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