Dólar fecha em alta, mas acumula queda de 4,8% em junho; Ibovespa recua

Por Redação em 30/06/2021 às 18:48:56

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam esta quarta-feira, 30, no campo negativo com as atenções divididas entre o ruído político doméstico e o mau humor internacional pela disseminação da variante Delta do novo coronavírus. O dólar fechou com avanço de 0,63%, a R$ 4,973. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,023, enquanto a mínima não passou de R$ 4,953. Apesar do dia negativo, a moeda encerrou junho com queda de 4,8%, o terceiro mês seguido com valorização do real ante o dólar. No ano, a divisa soma queda de 4,1%. O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, fechou com retração de 0,41%, aos 126.801 pontos. O desempenho faz o principal índice da B3 encerrar o mês praticamente estável, com leve alta de 0,46%, enquanto desde o início do ano acumula avanço de 6,54%.

No cenário doméstico, investidores acompanharam os desdobramentos da denúncia de pedido de propina de um servidor do Ministério da Saúde para a aquisição de vacinas contra a Covid-19. Em nota, a pasta afirmou que exonerou o diretor de logística Roberto Dias após a divulgação do caso. Ainda em Brasília, o empresário Carlos Wizard prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O executivo é apontado como integrante de um suposto gabinete paralelo montado para auxiliar o governo federal durante a pandemia do novo coronavírus. O mercado também analisou a manutenção da taxa de desemprego em patamar recorde. Entre o trimestre de fevereiro e abril deste ano, o índice ficou em 14,7%, totalizando 14,8 milhões de brasileiros sem trabalho. Dados do Banco Central mostraram que a dívida pública em maio recuou para 84,5% do Produto Interno Bruto (PIB), o terceiro mês seguido de retração.

Na pauta internacional, os mercados seguem apreensivos com a disseminação da variante Delta do novo coronavírus em diversas regiões do mundo. O crescimento da nova cepa, possivelmente mais transmissível, gera temor pela volta de medidas de isolamento social e a desaceleração da retomada da economia global. Focos da variante fizeram Sydney, a cidade mais populosa da Austrália, entrar em novo lockdown de duas semanas. Países da Europa, como Portugal e Reino Unido, também estudam mudar o cronograma de reabertura diante do risco de uma nova onda de infecções.

Fonte: JP

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