O objeto foi devolvido ao idoso e a suspeita foi encaminhada para a Central de Flagrantes.
Na publicação, a passageira que gravou o vĂdeo conta que estava indo para o trabalho, quando ouviu "os gritos de uma senhora bem desesperada". "Ela se levantou para entender porque estava sendo acusada e eu fui atrĂĄs gravar. Nesse momento, policiais que estavam dentro de uma viatura que passava pela lateral do ônibus entraram e foram diretamente abordar a moça. Até porque a maioria das pessoas no ônibus dizia que teria sido ela a autora do roubo", relatou a jovem.
O caso seria uma demonstração de racismo, de acordo com a autora do texto. "As pessoas estavam tentando me convencer que não era racismo e que isso sempre acontece. As pessoas aplaudiram a atividade dos policiais, mas não fizeram nada para ajudar a moça, nem ao menos para pedir desculpas. Curitiba é racista sim!", disse ela.
A mulher negra acusada injustamente não teria registrado um boletim de ocorrĂȘncia sobre a situação.
Em nota, a PolĂcia Militar afirma que a abordagem à passageira negra foi feita com o consentimento dela e que o caso "foi resolvido de forma rĂĄpida e eficaz". O texto também diz que a corporação atua "independente de cor, raça ou gĂȘnero". Leia na Ăntegra:
"Uma equipe da PolĂcia Militar foi acionada, em 16/01/2020, por volta das 14h20, na região central de Curitiba, quando estava em deslocamento pela travessa da Lapa, devido a um roubo/furto de uma carteira em um biarticulado, e prontamente agiu. Os policiais entraram no ônibus, fizeram uma avaliação imediata e abordaram quem as vĂtimas indicaram, conseguindo, assim, recuperar os pertences das vĂtimas idosas que, naquele momento, encontravam-se em situação de vulnerabilidade.
No entanto, é importante lembrar que o caso foi resolvido de forma rĂĄpida e eficaz, por policiais de uma unidade de atuação em rodovia, mas que não se negaram a atender uma situação em perĂmetro urbano, uma vez que a PM pode atuar em qualquer região ou lugar do Estado, de maneira desburocratizada e objetivando a solução. A PM atua juntamente com a população e foi com informações de populares que conseguiu resolver esta situação e devolver os pertences ao cidadão, além de garantir a segurança para toda a comunidade que estava naquele ônibus.
A PolĂcia Militar, em sua doutrina de emprego operacional, processos de formação e qualificação profissional, não possui qualquer forma de distinção étnico-racista ideologicamente concebida e nem direciona ações e operações policiais militares que mirem afrodescendentes. O trabalho policial é atender a população em suas necessidades, e foi neste sentido que a equipe policial atendeu a ocorrĂȘncia, após ser solicitada. Além de estar nas ruas para qualquer situação, a PM também pode ser acionada pelo 190 – telefone de emergĂȘncia, além do APP 190 PR."
Fonte: Banda B