Com aumento no preço dos combustíveis, previsão da inflação para 2023 sobe para 4,9%

Após o aumento dos combustíveis pela Petrobras na semana passada, a estimativa para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), em 2023, voltou a subir, de 4,84% para 4,9%, mesmo patamar de um mês atrás, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC).

Por Redação em 21/08/2023 às 10:28:56

Após o aumento dos combustíveis pela Petrobras na semana passada, a estimativa para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), em 2023, voltou a subir, de 4,84% para 4,9%, mesmo patamar de um mês atrás, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC). Para 2024, houve manutenção da expectativa em 3,86%. Há um mês, a mediana era de 3,9%. O documento ainda mostrou manutenção da expectativa para 2025, que permaneceu em 3,5%, repetindo a mediana de quatro semanas antes. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa também continuou em 3,5%. A estimativa do Boletim Focus continua acima do teto da meta de inflação determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,75%, e indica estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas superam o alvo central de 3,0%.

A expectativa para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2023 continuou a se orientar pela sinalização dada pelo Copom, que pretende repetir o passo de corte de juro em 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões do colegiado. A mediana para a Selic no encerramento deste ano se manteve em 11,75%. Para o término de 2024, houve manutenção em 9%. Há um mês, as estimativas eram de 12% e 9,5%, respectivamente. O boletim também trouxe estabilidade na projeção de crescimento econômico para 2023. A projeção para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) se manteve em 2,29%, contra 2,24% há um mês. Já para 2024, o relatório mostrou avanço da estimativa de crescimento do PIB, de 1,3% para 1,33%. Em relação a 2025 e 2026, a mediana continuou em 1,9% e 2%, respectivamente. O Ministério da Fazenda prevê crescimento de 2,5% neste ano. No Banco Central, a estimativa atual é de 2,0%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

*Com informações da Agência Estado

Fonte: JP

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