Christopher Garman, diretor para as Américas da consultoria Eurasia, nota que o Congresso é muito sensível à opinião pública. Se o crescimento vier menor do que o projetado, começa a mudar o cálculo de sobrevivência política, que no momento é reformista.
Sennes nota que a reforma tributária não apareceu em nenhum discurso do presidente Bolsonaro até agora e considera que a chance de uma reforma ampla é muito baixa.
Ele destaca também que além da eleição municipal, também acaba no final de 2020 o mandato de Rodrigo Maia, o grande fiador das reformas no Legislativo, na Presidência da Câmara dos Deputados.
Arthur Carvalho, economista-chefe para América Latina do Morgan Stanley, acredita que a solução é o governo focar nas reformas que "dá para fazer", como a independência formal do Banco Central e revisão dos gastos obrigatórios. Zeina considera correta a ideia de "fatiar" as reformas em pedaços menores ao invés de querer passar textos abrangentes.
Já Daniel Leichsenring, economista-chefe da Verde Asset Managemen, é mais otimista com base na experiência do governo Temer, que surpreendeu pela capacidade reformista mesmo em cenário de baixa aprovação popular.
Fonte: Exame